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Enviada em: 14/08/2019

Publicada pela ONU em 1948, a Declaração dos Direitos Humanos garante a todos o direito a saúde e ao bem estar e à propriedade. No entanto a população de rua no Brasil não detém desses direitos na prática, o que demonstra um total descaso. Nesse sentido, é necessário que soluções sejam encontradas a fim de resolver esse problema.       A educação é o fator principal do desenvolvimento de um país. Ela não engloba apenas o ensino das matérias básicas como português e matemática, mas também deve estar diretamente relacionada com a formação de caráter da população, esclarecendo sobre educação sexual, álcool e drogas, direitos e deveres, a importância da família, entre outros. Contudo, a realidade é justamente o oposto e o resultado é refletido no alto número de moradores de rua. De acordo com Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à fome as principais razões para ida à rua são problemas com álcool e drogas (35,5%), desemprego (29,8%) e desavenças com parentes (29,1%). É inadmissível que o Governo Brasileiro ainda não tenha tomado nenhuma medida efetiva para solucionar ou diminuir consideravelmente tal problema.        Conforme já foi citado, é de direito humano à propriedade. Os desabrigados, além de não usufruírem desse direito, ainda sofrem nas ruas com a falta de comida, de saneamento básico, de dinheiro, o frio e a falta de respeito por parte de algumas pessoas que se sentem "superiores". Inúmeros são os casos de moradores de rua mortos de forma cruel e que sofrem, todos os dias, com a falta de respeito e empatia. Dessa forma, o conceito de Modernidade Liquida, explicado por Zygmunt Bauman se torna cada vez mais evidente na sociedade, onde as esferas da vida social estão desorganizadas.        Infere-se portanto, que medidas são necessárias para resolver esse problema. Segundo o Papa Francisco "Os direitos humanos são violados não só pelo terrorismo, a repressão, os assassinatos, mas também pela existência de extrema pobreza e estruturas econômicas injustas, que originam as grandes desigualdades.” Dessa forma é preciso que o Ministério da Cidadania proponha um projeto baseado no "Minha Casa, Minha Vida", mas que tem como foco os moradores de rua. Esse projeto ofereceria moradia, além de acompanhamento psicológico para os moradores, a fim de que traumas e vícios possam ser superados. A partir dessas ações espera-se promover uma melhora das condições na vida dessas pessoas, que muitas vezes, não escolheram estar em situação de rua e, finalmente garantir o que os Direitos Humanos declaram.