Materiais:
Enviada em: 24/08/2019

"O importante não é viver, mas viver bem". Conforme Platão, a qualidade de vida tem tamanha importância de modo que ultrapassa a da própria existência. Entretanto, no território brasileiro, essa não é uma realidade para os indivíduos moradores de rua, uma vez que são alvos de preconceito, invisibilidade e perda de seus direitos. Com isso, ao invés de agira para tentar aproximar a realidade descrita por Platão das vivenciadas por essas pessoas, a negligência governamental e as desavenças com a família contribuem com a situação atual.     A Constituição cidadã de 1988 garante a todos os indivíduos a vida e a dignidade, todavia o Poder Público não efetiva esse direito. Consoante Aristóteles no livro " Ética à Nicômano", a politica serve para garantir felicidade aos cidadãos. Logo, se verifica que esse conceito encontra-se deturpado no Brasil, à medida que não apenas a moradia, como também a falta de proteção dessas pessoas que, diariamente colocam sua vida em risco (pela falta de saneamento básico, contração de doenças e más condições de vida), não está presente em todo território nacional, fazendo os direitos permanecerem no papel.     Outrossim, o problema com os familiares ainda é um grande motivo para essas pessoas se submeterem à situação de rua. Segundo dados disponibilizados pelo Ministério de Desenvolvimento Social, 29,1% dos  indivíduos estão na rua por causa de desavenças com a família. De acordo com o sociólogo Talcott Parsons, a família é uma máquina que produz personalidades humanas, o que legitima a ideia de que os impasses com parentes perturbam tão afundo a ponto de fazer com que uma pessoa abandone seu lar. Tal estereótipo está associado a uma possível invalidez da pessoa que na maioria das vezes pode ter problemas com drogas que não são aceitados e nem tratados pela família.      Diante do exposto, cabe às instituições de ensino com proatividade o papel de deliberar acerca dessa limitação em palestras elucidativas por meio de exemplos em obras literárias, dados estatísticos e depoimentos de pessoas envoltas com o tema, para que a sociedade civil, em especial os pais de pessoas envolvidas com drogas, não seja complacente com a cultura de estereótipos e preconceitos difundidos socialmente. Assim, ao invés de haver brigas dentro de casa, existiriam ajudas vindas da família e faria com que houvesse uma desistência do indivíduo da ideia de abandonar seu lar. Outrossim, o Poder Executivo deve, por meio de verbas governamentais, expandir o número de abrigos para moradores de rua que contem com apoio psicológico e meios de inserir essas pessoas na sociedade novamente. Assim, será possível colaborar com a Constituição Federal e dar à população seus direitos.