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Enviada em: 23/08/2019

Em julho deste ano, em menos de doze horas cinco moradores de rua morreram de frio na capital de São Paulo. O Brasil, como um dos países mais desiguais do mundo, não oferece auxílio suficiente para estas pessoas. Aliado à crise econômica, a população de rua aumenta a cada dia como consequência da falta de renda, além da falta de verba do governo para ajuda-los.  Em primeira análise é válido ressaltar que a dificuldade financeira é um dos principais motivos das pessoas morarem nas ruas. Com o advento da crise que assolou o Brasil a partir de 2014, acompanhada por diversos escândalos, o desemprego atingiu mais de 20 milhões de Brasileiros. Proporcionalmente a isso, de acordo com o jornal Folha de São Paulo, o numero de pessoas sem abrigo aumentou em mais de 60%, chegando a triplicar no Rio de Janeiro. Portanto, é inadmissível que o Estado não ofereça apoio a essas pessoas, já que o mesmo tem influência sobre o problema.  É também importante mencionar a falta de auxilio à moradores de rua que estão nessa situação por abuso de drogas. De acordo com o G1, o Brasil gasta mais de 4 bilhões de reais por ano na guerra contra as drogas. Muitos países desenvolvidos como Holanda e Irlanda contém políticas mais flexíveis quanto ao uso de drogas. Assim o dinheiro que seria gasto no combate ao tráfico é investido em programas de reabilitação e albergues para usuários de entorpecentes. Dessa maneira, o Brasil deveria se espelhar em países que combatem o problema com eficiência.  Mediante aos fatos supracitados, é nítido que o Brasil não se importa com os desabrigados como deveria. O Estado em parceria com ONGs, devem promover programas de habitação temporária, por meio da criação de albergues, a fim de que as pessoas desabrigadas possam dormir dignamente. Além da criação pelo SUS de um programa que vise reabilitar pessoas dependentes de entorpecentes - uma vez que este é a maior percursor do problema -, se inspirando em países desenvolvidos que já praticam tal ato.