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Pessoas que passam as noites dormindo nas ruas, em praças, embaixo de viadutos e pontes são pessoas consideradas em situação de rua. Apesar das peculiaridades de cada individuo, existem motivos comuns aos que vão morar na rua: desemprego e desentendimento com parentes. A atenuação desse problema depende principalmente do aspecto econômico, no qual o indivíduo precisa primeiramente conseguir uma fonte de renda, e eventualmente, uma morada. Em primeira análise, vale pontuar que o aprendizado de um novo ofício, como por exemplo em áreas da construção civil, cabelereiro ou garçom, por parte dos moradores de rua é um fator crucial para a reinserção dos mesmos na sociedade civil, já que poderá permitir ao indivíduo gerar parte do próprio sustento. Além do próprio sustento, o trabalho empenhado pelo indivíduo o dará uma noção de autonomia, que por sua vez, pode ajuda-lo a restabelecer uma perspectiva de mudança. Outrossim, também é notório salientar que a recuperação do valor social da terra é uma forma de retirar os cidadãos da rua. É visto que o artigo 3° da Constituição Cidadã aponta como dever do Estado a redução das desigualdades sociais, entretanto, nota-se que o Estado tem sido falho, uma vez segundo a Escola de Chicago, a especulação imobiliária faz com que a terra perca o seu valor social. Desse modo, julga-se que controlar a bolha imobiliária e restaurar o valor social do espaço urbano é uma forma de diminuir o percentual de moradores de rua, já que sem a especulação e escolarizados, os cidadãos poderão usar seus vencimentos para encontrar residências com valores acessíveis, além de se reintegrar ao convívio social. Torna-se indubitável, portanto, a necessidade de solucionar a problemática em voga. Desse forma, acredita-se que cabe à ONG's- como a Atados- promover a escolarização dos moradores de rua, através de projetos sociais afiliados a entidades como SESI, SENAI e SENAC, a fim de que munidos com conhecimento, os cidadãos sejam capazes exercer um ofício e prover seu sustento. Ademais, Estado- por intermédio do Ministério da Infraestrutura- deve diminuir a especulação imobiliária no país, por meio da implementação de legislação que controle o acesso à terra, além de desenvolvimento de moradias populares dando continuidade a programas como o Minha Casa Minha Vida para que os cidadãos consigam adquirir uma residência. Com tais medidas, o fato será amenizado.