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Enviada em: 02/10/2017

Na antiguidade, a Lei do Talião era aquela, na qual se baseava a punição, mais conhecida como justiça com as próprias mãos (olho por olho, dente por dente). Atualmente, o sistema judiciário brasileiro se baseia em outros princípios de julgamento e punição. Porém, devido às grandes falhas nesse sistema, o número de linchamentos à Lei do Talião cresceu, sobretudo também pelo discurso de ódio.   Segundo Hobbes, o homem no seu estado natural é movido pela guerra e por isso é necessário o Estado para remediar, o qual é chamado por ele de Leviatã. Sem esse, viver em sociedade seria impossível. Esse conceito pode ser observado atualmente devido à falha do "Leviatã brasileiro". Por conta da falta de acesso à justiça, que é de 0,38 em uma escala de 0 a 1 (de acordo com pesquisas feitas em 2014), a sensação de impunidade é tamanha, levando alguns à fazer justiça por conta própria. Prova disso, foi o linchamento do Guarujá, onde uma mulher acusada de bruxaria, foi morta por moradores.   Outrossim, segundo Hannah Arendt, na sociedade há uma banalização do mal, ou seja, os indivíduos o fazem sem questionar. Uma dessas ações é o discurso de ódio, que por sua vez pode tomar proporções maiores devido a ausência do Estado. Quando se diz que "bandido bom é bandido morto", claramente ver-se um discurso de ódio movido pela injustiça do sistema jurídico brasileiro e associado á vingança, ao fazer "justiça", claramente conceitos difundidos como um, e que geram os inúmeros casos de linchamento no país.   Fica claro, portanto, que é preciso remediar o problema da justiça com as próprias mão. E para isso, é preciso que a população cobre de seus governantes maior acessibilidade à justiça e que está seja de fato efetivada, através de manifestações públicas e via internet. Além disso, compete ainda a sociedade, conscientizar os demais sobre as manifestações de ódio, condenando ações violentas tanto no meio verbal como no físico, através das redes sociais.