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Enviada em: 02/10/2017

Na contemporaneidade do século XXI, a justiça feita com as próprias mãos tornou-se algo corriqueiro e desenfreado. Dessa forma, casos considerados heroicos e ao mesmo tempo agressivos são constatados diariamente no Brasil. Logo, a ineficiência do governo brasileiro e o conceito errôneo de justiça da população são pilares para a manutenção dessa prática.       No que se refere à problemática em questão, as brechas constitucionais existentes e o código penal brasileiro, que é o mesmo desde 1940, devem ser ressaltados. Nesse sentido, inúmeras leis podem possuir diferentes formas de serem analisadas dificultando o exercício pleno da justiça. Tais deficiências são motivadas pela falta de interesse de políticos brasileiros, que priorizam ações de caráter imediato, como construções de praças e avenidas, em detrimento de projetos a longo prazo, como é o caso de uma possível reformulação da Constituição. Dessa forma, revolta e fúria estão presentes na sociedade que alimenta um sentimento de impunidade. Logo, mudar esta realidade é uma necessidade e não um fato opcional.       É importante destacar, também, que atitudes movidas pela emoção ou articuladas pela população de forma maliciosa não podem ser consideradas justiça. Dessa maneira, inúmeros acontecimentos podem ilustrar tal erro, como o caso do tatuado que fez um desenho incriminador no rosto de um ladrão ou a prisão de um menor infrator a um poste e despido pela população indignada. Tais fatos refletem na desumanização da sociedade que passa a combater delitos praticando outros crimes.        Evidencia-se, diante disso, que a prática de justiça com as próprias mãos é uma problemática perene no Brasil. Portanto, é importante que discussões construtivas sejam abertas dentro do espaço escolar e no meio familiar com o objetivo de difundir os reais valores de justiça. Outrossim, reunião do Governo Federal e os três poderes (Executivo, Judiciário e Legislativo) para a elaboração de uma nova Constituição e um novo código penal visando diminuir os empecilhos e as ambiguidades. Ademais, a mídia e as plataformas digitais, como importantes instrumentos de conscientização social, realizem programas e propagandas criticando a participação da população em agressões e linchamentos contra ladrões.