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Enviada em: 03/10/2017

No cenário mundial, dentre as diversas formações históricas de países e civilizações, é possível encontrar povos que movidos por determinados ideais exterminaram incalculável número de pessoas inocentes ou não em nome da justiça, como foram os casos das mortes no Coliseu Romano e as Cruzadas durante a Idade Média. O fato é que tal assunto se encontra em evidência no século XXI. Nesse contexto é possível destacar algumas questões para serem discutidas, como por exemplo, as motivações precursoras que geram expressiva violência e as consequências para a sociedade brasileira resultante do ato de fazer justiça com as próprias mãos.   Percebe-se, mediante notícias divulgadas nos meios de comunicação, que a população está indignada com a impunidade dos criminosos e se revolta por não ter garantida sua segurança, direito que está previsto na Constituição Federal Brasileira. Dessa forma, o povo torna-se refém dos altos índices de violência que assolam o país. Diante disso, é possível notar que a sociedade anseia por liberdade e por isso recorre à justiça com as próprias mãos e em vários casos utilizam pertinente conceito atribuído à Maquiavel, no entanto fora de contexto, de que os fins justificam os meios. Todavia, os adeptos da prática em questão são também transgressores da ordem, afinal perante a Lei vigente no Brasil a justiça deve ser executada pelos órgão responsáveis.   Ademais, de acordo com o célebre filósofo inglês Thomas Hobbes, o homem é um animal selvagem e capaz de grandes atrocidades, colocação pertinente ao tema. Também, em sua obra intitulada ¨Leviatã¨,Hobbes afirma que a paz civil e a união comunitária só podem existir mediante um contrato social sob controle de poder centralizado para proteção da sociedade. Torna-se claro o quão importante são as leis, mesmo que falhas, ou então os seres humanos revelariam em larga escala sua selvageria, o que tornaria impossível a convivência social.   Mediante o exposto fica evidente que ações são necessárias para minimizar os problemas decorrentes do tema abordado. É de suma importância que o Governo Federal em conjunto com os Três Poderes revejam o tema, busquem eliminar as brechas que existem nas leis, criem canais de comunicação com a sociedade para tomar conhecimento da opinião do povo. Também deve promover treinamentos para as equipes de segurança dos estados da Federação, melhorias nas condições de trabalho, nos salários para que possam atender melhor as comunidades nesse âmbito. É imprescindível a participação do Ministério da Educação em parceria com as escolas a fim de promover palestras para conscientizar os alunos e seus familiares contra a justiça com as próprias mãos. É indispensável que todas as ações tenham finalidade social, ou tornar-se-ão grandes futilidades, como afirmou o polímata Gilberto Freyre.