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Enviada em: 03/10/2017

A palavra justiça remete uma ideia de tratamento igual perante a lei, mas o que presencia-se na sociedade foge dessa realidade. Diante desse fato, mesmo existindo diversas falhas na segurança pública, tomar decisões sem ser por vias legais pode se tornar um problema de alta complexidade. Com isso, a justiça com as próprias mãos vem crescendo e traz consigo uma enorme violência que ganha cada vez mais espaço nos noticiários.    É indubitável que o cenário do sistema judiciário atual muitas vezes é falho. A demora nos julgamentos que lhes são conduzidos faz com que um sentimento de descrença por parte da população surja. Assim, aparece aqueles denominados ''justiceiros'' e assumem o papel da polícia e justiça. Porém, isso não é considerado uma forma legal, visto que, cabe às autoridades aplicar medidas punitivas.    Sob essa conjectura, tomar ações radicais pode gerar consequências terminantes. Um caso que teve grande repercussão na mídia foi de Fabiane Maria de Jesus, moradora de Guarujá que foi acusada de ser sequestradora de crianças que atuava na região foi vítima de boatos espalhados nas redes sociais. Linchada por várias pessoas sem ter o seu direito legal exercido, a mulher acabou sendo morta de maneira cruel. Essa atuação acaba contradizendo o artigo 5 da Constituição Federal de 1988 que garante aos acusados o direito de ampla defesa.    Infere-se, portanto, que não cabe aos cidadãos assumir funções dos órgãos competentes. Sendo assim, o Governo deve implementar um melhor investimento na segurança pública através de melhores condições de trabalho para que esses órgãos trabalhem da melhor maneira possível. Aos cidadãos cabe o papel de verificar a veracidade das informações compartilhados nas redes sociais, evitando assim os linchamentos. Paralelamente, a sociedade deve reivindicar melhorias no sistema judiciário para que a justiça seja cumprida de maneira legal.