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Enviada em: 04/10/2017

Durante o período ditatorial, com o regime autoritário vigente no Brasil a partir de 1964, começou a existir a falta de proporcionalidade entre a punição e o ato supostamente praticado. Semelhante a isso, a intolerância presente atualmente, juntamente com a falta de confiança no sistema penal vigente, contribuem para a divergência de opiniões.Tal prática de vingança, torna-se acentuada pela supressão dos direitos civis de ir a julgamento.   A prática da justiça com as próprias mãos é, nesse sentido um problema. Embora a diversidade seja uma característica humana, no panorama social, o ser humano tem assumido a posição de Procusto, que no mito grego, era um ladrão que vivia de roubar quem passasse por uma estrada, fazendo com que passassem por um terrível julgamento feito por ele. O fim do  mito ocorre quando Teseu faz a Procusto, um julgamento semelhante ao que ele fazia às suas vítimas. O ser humano, tem agido como o personagem mitológico. Acreditando estar sendo justo, assume o papel da polícia e da justiça, penalizando os que cometem infrações.   A sede por justiça, é um problema, visto que surge do sentimento de insegurança e impunidade de o Judiciário não responder à altura dos crimes praticados. Tal situação contribui para que a população adquira um sentimento de revolta contra a impunidade, tornando o papel do estado cada vez mais desgastado e facilitando assim a prática ilegal da vingança, confundida pela sociedade com Justiça. O julgamento com direito a produção de provas e análise legal do caso é um direito do indivíduo garantido constitucionalmente.   A condição de justiça feita pelos próprios cidadãos, é um problema que exige uma rápida mudança nesse quadro. Devem ser elaboradas pelo poder público,campanhas e projetos culturais para fortalecer a imagem da justiça e do estado que, com a divulgação da mídia resultará num pensamento coletivo que deve-se parar de considerar normais as atitudes cometidas por aqueles que procuram agir conforme as suas próprias leis.