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Enviada em: 19/10/2017

Durante o período colonial, houve o primeiro registro de linchamento, no Brasil, com índio que foi acusado por messianismo dentro da tribo na qual pertencia. Nesse sentido, a prática da sociedade em resolver problemas na base da violência, por si só, é histórica no país e hoje é vista, muitas vezes, como necessária. Sendo assim, deve-se analisar os motivos dessa necessidade e buscar solucioná-la de maneira ágil e segura.   Em primeiro plano, vale destacar a sensação de impunidade da população. É notório que a falta de segurança e a lentidão dos processos burocráticos faz com que as pessoas queiram tomar suas próprias medidas para não serem injustiçados, daí surgem os chamados "justiceiros". Porém, por não serem aptos a tal atitude, a comunidade age de forma subjetiva e pode acabar expondo, ferindo ou até matando alguém inocente, como foi o caso da mulher do Guarujá, morta ao ser confundida com uma suposta aliciadora de crianças para realizar rituais de magia negra com elas.      Segundo uma notícia do site Nexo Jornal, em sua maioria, há um perfil para o agredido, geralmente são pessoas de classe baixa, desempregadas ou vistas à margem social. Sendo assim, se percebe uma influência dos meios de comunicação para que homens mais carentes sejam alvos desses ditos justiceiros, pois a imagem que é retratada em novelas e jornais são que pessoas com essas características são criminosas. Tal intervenção midiática faz com que a população se veja capaz de atuar para a sua proteção e pode aumentar os casos de morte injustamente.     As palavras de Werber são bem claras: "Só o Estado tem o poder legítimo da força". Portanto, cabe ao Ministério da Justiça, promover a aproximação entre a polícia e os cidadãos, por meio de constantes rondas dos policiais nos bairros a ponto de gerarem confiança nas pessoas, buscando a intervenção apenas do Estado em casos de violência. Além disso, a mídia deve mostrar casos de injustiça causada pelos ditos justiceiros a âmbito nacional, através de propagandas e reportagens na tv aberta, visando aguçar o senso crítico social para tal atitude.