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Enviada em: 03/10/2017

De acordo com recentes estudos científicos, adultos que sofreram transtornos na infância têm menor expectativa de vida. Dentre as múltiplas formas de abuso que uma criança pode receber, a violência figura como uma das mais graves. Com isso, devemos buscar maneiras de garantir os direitos da criança e do adolescente para que cultivemos o pleno desenvolvimento da vida humana.   Primeiramente, é impreterível ressaltar que os pais devem reconhecer as reverberações de suas atitudes na vida do filho. Como já mencionado acima, transtornos que afetem a criança, afetam o adulto que dela surgir, tornando-o problemático. Entretanto muitos adultos, na tentativa de educar e por não terem a consciência disso, acabam adotando atitudes, muitas vezes, desmedidas com seus filhos que poderão, futuramente, repetir esse ciclo de violência com as próximas gerações. Assim, como postulou Pitágoras, as crianças devem ser educadas para que os adultos não sejam punidos.    Outro ponto que deve ser levado em consideração é o papel, ainda que tímido, que a criança tem de ter para reprimir a violência. Embora no processo de socialização dos jovens eles aprendam a se comportarem diante das situações sociais, pouco se fala a respeito da violência dentro de casa, levando-os a, muitas vezes, não reconhecerem seus direitos e encararem o excesso de violência dos adultos como algo natural. Assim, tendo em vista a fragilidade e incapacidade de lidar com a situação, muitos inocentes são desvirtuados pela perversidade do mundo.     Torna-se evidente que, para a garantia dos direitos infanto-juvenis, pais e filhos precisam cultivar o respeito mútuo sem, contudo, inverter a educação familiar. Para isso, cabe a mídia, na função de formadora de opinião, levantar o debate, por meio da ficção engajada, sobre a questão da violência doméstica, expondo as consequências dessa prática, para que as pessoas repensem e propaguem a paz familiar. Além disso, o Ministério da Educação, como mecanismo de conscientização, poderia criar um curso que recapacite os professores a levarem o debate sobre a convivência familiar saudável para dentro das escolas, deixando os alunos cientes de seus respectivos direitos e deveres, para que os pequenos adultos, ao menos, tenham a capacidade identificar e denunciar qualquer tipo de violação.