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Enviada em: 04/10/2017

A notícia do homem que tatuou "eu sou ladrão e vacilão" na testa de um jovem infrator trouxe à tona um tema bastante polêmico: a justiça com as próprias mãos. Nesse sentido, é imprescindível apontar as causas que motivam tais atitudes e o papel do Estado frente a essa problemática na sociedade brasileira.       Antes de tudo, é importante analisar os motivos que levam muitas pessoas a legitimarem tais atos. Devido a sensação de impunidade dos criminosos, grande parcela da população não confia que a justiça se dará pelas leis. Mahatma Gandhi afirmou que "olho por olho e o mundo acabará cego", mostrando que a justiça com as próprias mãos é injusta, arbitrária e subjetiva.       Ademais, deve-se considerar que muitas pessoas ainda entendem "legítima defesa" como sinônimo de "justiça pelas próprias mãos", argumento no qual baseiam-se para fundamentar  tal prática. No entanto o Brasil, como um Estado democrático de direito, deve promover a igualdade e a justiça, de acordo com a lei, procurando fazer com que os criminosos sejam punidos, assim reduzindo a ocorrência de medidas de justiça por conta própria.       Mediante os fatos elencados, fica claro os motivos sociais e a relação do Governo que corroboram para a justiça com as próprias mãos. Nesse sentido, cabe ao Poder Judiciário, diminuir os prazos de julgamentos e modificar punições para criminosos flagrados infringido a lei, aumentando a sensação de segurança da sociedade. Quanto à mídia, por meio de campanhas que mostrem a ineficiência da justiça por conta própria e divulguem os problemas que por ela são acarretados, visando atenuar atitudes com essas.