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Enviada em: 04/10/2017

No cenário mundial, dentre as diversas formações históricas de países e civilizações, é possível encontrar povos que, movidos por determinados ideais, exterminaram incalculável número de pessoas, inocentes ou não, em nome da justiça, como foram os casos das mortes no Coliseu Romano e as Cruzadas durante a Idade Média. O fato é que tal assunto se encontra em evidência no século XXI. Nesse contexto, é possível destacar algumas questões para serem discutidas, tais como, as motivações precursoras que geram expressiva violência e a importância leis para o bem comum da sociedade.          Percebe-se, mediante notícias divulgadas nos meios de comunicação, que a população está indignada com a impunidade dos criminosos e se revolta por não ter garantida sua segurança, direito que está previsto na Constituição Federal Brasileira. Dessa forma, o povo torna-se refém dos altos índices de violência que assolam o país. Diante disso, é possível notar que a sociedade anseia por liberdade e por isso recorre à justiça com as próprias mãos e em alguns casos utilizam determinado conceito atribuído à Maquiavel, de que os fins justificam os meios. Todavia, os adeptos da prática em questão são também transgressores da ordem, afinal, perante a Lei vigente no Brasil, a justiça deve ser executada pelos órgãos responsáveis.      Ademais, de acordo com o filósofo ingês Thomas Hobbes, o surgimento do estado e da sociedade tem com um dos objetivos controlar a violência dos homens e garantir a sobrevivência da vida humana. Torna-se claro, mediante os conceitos de Hobbes que sem as leis seria impossível a convivência social. Desse modo, respeitar a lei que proíbe o ato de justiça com as próprias é essencial para sobrevivência da vida em sociedade, ou então os indivíduos sofreriam graves consequências como, por exemplo, o aumento dos índices de violência, afinal todos se tornariam passíveis de cometer e sofrer com a justiça própria, revelando o homem selvagem e capaz de atrocidades, assim como afirmou Hobbes.      Mediante o exposto, fica evidente que ações são necessárias para minimizar os problemas decorrentes do tema abordado. É importante que o Governo Federal, em conjunto com os Três Poderes, reveja o tema, buscando eliminar as brechas que existem nas leis, e criando canais de comunicação com a sociedade para tomar conhecimento da opinião do povo. O Governo também deve promover treinamentos para as equipes de segurança dos estados da Federação, melhorias nas condições de trabalho, nos salários para que possam atender melhor as comunidades nesse âmbito. É imprescindível a participação do Ministério da Educação em parceria com as escolas a fim de promover palestras para conscientizar os alunos e seus familiares contra a justiça com as próprias mãos. É indispensável que todas as ações tenham finalidade social, ou tornar-se-ão grandes futilidades, como afirmou o polímata Gilberto Freyre.