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Enviada em: 04/10/2017

Nos primórdios do direito, na Idade Antiga, havia a lei de talião que igualava o crime à pena. Além disso, nesse período vigorava a autotutela. Ou seja, cada indivíduo era responsável pela própria defesa. Por mais que essa mentalidade há muito foi ultrapassada, ainda existem cidadãos que querem aplicar o seu senso de justiça sobre àqueles estão à margem da lei. Isso se deve, principalmente, pela impunidade brasileira, o que revolta a população. E além disso, o próprio povo é desprovido de educação para buscar o ideal de razão, necessária na sociedade, compatível com o século XXI.       Talião é derivada da mesma palavra em latim que o tal. Essa lei buscava equiparar a pena com o crime cometido. Importantes princípios foram incorporados no direito com esta regra, tais como: individualização da punição e um limite - o de não ultrapassar o delito. Assim, percebe-se que por mais que esse modo de justiça seja antigo, ele representou um avanço, do mesmo modo que a ciência jurídica atual seja influenciada pelos regramentos de cada país. Diante disso, é notório que o povo que age violentamente com meliantes não avançou conforme a norma. Isso é reflexo de uma educação atrasada, não apenas de âmbito escolar, mas parental. O escritor François Rabelais apregoou que "a ignorância é a mãe de todos os males" e denota-se o quão contemporâneo é esse pensamento.       De dez delitos, nove ficam impunes. É nesse cenário que o povo se encontra. Esse sentimento de impunidade revolta a população, o que dá margem para a luta pela justiça com as próprias mãos, uma vez que o Estado não cumpre seu papel enquanto juiz. Somado a isso, a mídia fomenta essa ira na sociedade, por meio de programas jornalísticos sensacionalistas que ao invés de noticiarem, opinam. Porém, vale ressaltar que esses quadros midiáticos só se sustentam devido à incompetência governamental de controlar a violência no país. É aqui que se encontra a solução para esta problemática, pois, uma vez que as transgressões sejam contidas, a raiva popular se desfaz.        Portanto, é dever do Estado diminuir a hostilidade característica da nação. Assim, o governo deve direcionar mais verbas para a segurança do país a fim de reforçar a polícia militar, civil e federal. O judiciário deve ser mais rápido para o julgamento de casos criminais. Redução de prazos e a otimização da operabilidade do processo são necessárias para a agilização do veredito. Essa mudança deverá ser alcançada pelos próprios agentes jurídicos, atores da justiça, como: juízes, promotores e advogados.  Com a redução da violência, a educação será o próximo passo. É preciso que o Ministério da Educação promova o ensino do direito, adicionando-o na grade curricular, principalmente no do ensino médio que possuirá maturidade para tal estudo. A família, aliada à escola deve incentivar a paz nas crianças, evitando-a de conflitos. Para alcançar a paz, a raiz de todos os males devem desaparecer.