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Enviada em: 05/10/2017

Desde a formação do Estado brasileiro, instauraram-se grandes dilemas quanto à prática da justiça com as próprias mãos. Na contemporaneidade, tais impasses perpetuam-se, seja pela ineficácia da segurança pública, seja pelo aumento de movimentos radicais e extremistas. Logo, há a necessidade de se conhecer essa problemática, em prol de sua atenuação.      A priori, vale ressaltar o contrato social exemplificado por  John Locke, o qual definiu que os indivíduos abdicariam de certos direitos individuais, a fim de receber uma sociedade coesa e funcional. Dessa maneira, visto que as políticas de segurança pública nacionais são marcadas por inúmeras falhas , certos brasileiros recorrem a outra forma de adquirir seus direitos. Nesse sentido, a defasagem de policias preparados e leis ineficazes , levam alguns cidadãos à prática da justiça com as próprias mãos. Por conseguinte, instaura-se no país práticas inconsequentes e bárbaras quanto à prática da violência explícita e ilegal, as quais violam os direitos humanos e socias do brasileiro. Portanto, urgem-se medidas para a inversão de tal quadro.      Ademais,  ao redor do globo  movimentos de cunho extremista passaram a ganhar mais território nas últimas décadas. Analogamente, o Brasil sofreu influências dessa expansão. Por consequência, o acréscimo de ideologias neonazistas, as quais determinam que certos indivíduos são superiores aos outros, tornam-se justificativas para parcelas da população brasileira colocar em prática discursos como: ''bandido bom é bandido morto'', atacando estes,  como se aqueles fossem detentores da justiça. Nesse âmbito, demonstra-se notório mencionar o caso ocorrido em 2015 no Maranhão , no qual ,um jovem assaltante foi amarrado ao poste e executado a socos por pedestres, o que confirma a falência do Estado em combater tais situações. Assim, carece-se da atuação de agentes, para a  solução desse empecilho.       Infere-se, portanto, a urgência de providências para combater a prática da justiça com as próprias mãos no Brasil. Dessa forma, cabe ao Governo Federal  investir , por meio de incentivos monetários, no sistema de segurança nacional, criando mais delegacias com policias, além de prepará-los, com a introdução de novos batalhões, nos quais possuam sociólogos que lecionem a importância de garantir os direitos civis e sociais de qualquer cidadão, a fim de garantir a segurança pública e a erradicação da ineficácia de leis. Outrossim, cabe às ONG´s o papel de denunciar, por meio de anúncios televisivos em parceria com a mídia brasileira, a atual prática barbárie de violência que alguns indivíduos geram contra outros, objetivando alarmar e conscientizar a população à renúncia desse crime. Então, somente assim, tanger-se-á uma utopia na erradicação de tais atos na pátria.