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Enviada em: 05/10/2017

A teorica política Hannah Arendt em seu livro, "Eichmann em Jerusalém", denunciou a "banalidade do mal" ou seja, a perversidade está diluída entre as pessoas comuns, não sendo exclusiva apenas do Adolf Hitler ou do imperador Nero. Essa teoria, hoje, é exemplificada pelos casos de linchamento, como ocorreu com Fabiana De Jesus, em abril de 2014, no Guarujá, que foi confundida com uma criminosa da região. Assim, atualmente observa-se que o ódio, a sensasão de impunidade e o julgamento prévio de suspeitos, cada vez mais acarretam casos de justiçamento.      O linchamento é histórico, a Bíblia já o citava há dois mil anos,ou seja, a cunfusão entre justiça e vingança é milenar. Isso, somado ao ódio difundido socialmente, a "banalidade do mal", causa, hoje, um descrédito nas instituições democráticas perante o povo, pois acredita-se que os criminosos não são devidamente punidos e existe ainda um medo constante ocasionado pelo caos da segurança pública no país. Essa situação resulta em maiores casos de justiçamento, que ocorrem periodicamente, porque o Estado está sendo incapaz de promover justiça.   Percebe-se também que o julgamento da aparência, o racismo e a desiguldade social estão diretamente associados com os justiçamentos, em que, muitas vezes, as vítimas são joves, negras e pobres.Por outro lado, os agressores são, majoritariamente, brancos e de classe média. No Rio de Janeiro, por exemplo, em abril de 2015, um grupo de jovens agrediu e amarrou a um poste um possível suspeito de assalto, julgando-o apenas pelas vestes e sua cor negra. Esse contexto realça o preconceito, somado à insegurança nas cidades, gera mais violencia e violação da Constituição   Portanto, para renovar a confiança no Estado e devolve-lhe o papel de punir, deve ser feito um maior policiamento, com abertura de mais vagas pelo Estado, sobretudo, na polícia militar.E também, o Ministério da Justiça precisa realizar uma ampla campanha nestas conscientizando sobre a importância dos direitos humanos e respeito ao outro divulgando  na mídia.