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Enviada em: 07/10/2017

As pessoas consideradas ‘‘justiceiras'' assumem o papel da polícia e da justiça caçando, sentenciando e penalizando as que comentem infrações. Nesse contexto, pode-se fazer analogia a lei de Talião que aplica o ''Olho por olho, dente por dente''. Entretanto, apesar do problema de impunidade no Brasil e da precariedade que é a segurança pública, tomar decisões sem ser por vias legais, como a de fazer justiça com as próprias mãos, não é a melhor solução.       A cerca disso, Fabiana Maria de Jesus, Moradora do Guarujá, no litoral do estado brasileiro de São Paulo, foi acusada de ser uma sequestradora de crianças, sendo linchada por moradores enfurecidos, sem tem se quer o direito de se defender. Nessas perspectivas, vide que, as pessoas tiraram a vida de uma pessoa, alguém que elas não sabiam se realmente era culpada, tendo apenas como prova suposições. Sendo assim, a atuação desses revoltosos, demostra que fazer justiça com as próprias mãos está na contramão do que preconiza o Estado Democrático de Direito. Dessa forma, desrespeitando os direitos humanos.       Outrossim, a sensação de impunidade sempre existiu no Brasil. O que causa hoje um sentimento de indignação na população provocando violências feitas por vias ilegais. Todavia, não é novidade que a justiça brasileira deixa muitos cidadãos revoltados a respeito dos seus julgamentos, como a demora em julgar os casos que lhes são encaminhados, além de darem punições injustas e pouco eficientes. Em razão disso, a solução encontrada pelo tecido social foi a criação de um júri popular. De tal forma, voltando à justiça criada na Mesopotâmia, uma lei que exigia que o agressor fosse punido em igual medida de sofrimento que ele causou, também chamada de Lei de Talião.        Dado o exposto, viu-se que tomar decisões precipitadas pode causar problemas drásticos. Com isso, é preciso que a população se certifique que as informações que são compartilhadas são realmente verdadeiras, para evitar mortes de inocentes. Além disso, o Ministério da Segurança precisa promover campanhas de conscientização, por meio da distribuição de panfletos educativos. Por fim, o Ministério da Justiça deve promover audiências de custódia, para evitar que as pessoas que se acham ‘’justiceiros’’ saiam impunes dos seus atos e o corpo social tome esse tipo de conduta como exemplo.