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Enviada em: 08/10/2017

Uma nova forma de julgamento tem despertado a atenção dos brasileiros, trata-se da justiça com as próprias mãos. Supostos infratores da lei são espancados, algumas vezes até a morte, pela população que os condenam sem direito à defesa prévia, aferição dos fatos e com todo rigor que se pode imaginar. Episódios como o do menor preso ao poste no Rio de Janeiro e, o mais recente deles, um jovem que teve sua testa tatuada por susposto furto de uma bicicleta, trouxeram a tona o debate sobre o assunto.       Os favoráveis à pratica da justiça com as próprias mãos ponderam que o Brasil é muito violento, de justiça lenta e, acima de tudo, a maioria dos crimes ficam impunes, rotulando o Brasil como o país da impunidade. Todavia, tais práticas devem ser rechaçadas. Não só por ir de encontro ao código penal, como também, ser um ato gratuito e instagante de violência.        Aos favoráveis a tais práticas, como proceder diante de um caso em que um cidadão comum, confundido erroneamente e apontado como um infrator, é alvo de violência pela sociedade e não tem a oportunidade de um julgamento nem de apresentar sua versão aos fatos? é inestimável o prejuízo gerado a uma vítima da justiça com as prórias mãos. A prática barbaria não só traz danos para as vítimas, além do que, estimula o crescimento da violência.       O correto a ser feito é acreditar na justiça brasileira. Ela sim é a detentora do conhecimento e que tem total capacidade para decidir se o acusado deve ser condenado e a forma de condeção. Talvez o judiciário seja até lento, entretanto, é o mais apto e qualificado para proferir decisões condenatórias.