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Enviada em: 08/10/2017

A lei da razão ou a de Talião?   "As leis existem, mas quem as aplica?". Tal questionamento feito há mais de 690 anos, pelo político e escritor Dante Alighieri, ainda torna-se observável na sociedade hodierna. Nesse sentido, a morosidade governamental diante dos problemas da sociedade tem propiciado diversos infortúnios - sendo eles retrógrados e inerciais a serem erradicados.   Primordialmente, é relevante aduzir que a lentidão e burocracia do sistema punitivo brasileiro corroboram a prática da justiça com as próprias mãos. Indubitavelmente, os 68.309 mil processos a serem julgados desde 2010 até o ano de 2016 conforme mostra o Supremo Tribunal Federal, explicita a inércia atualmente existente, sobretudo, a similar indagação de Dante em meio ao corpo social. Decerto, como denotador de satisfação pessoal, atitudes como: torturas e homicídios, é constantemente observável, sobretudo, desvantajoso.     Isto posto, a contextualização ideológica sob a lei de Talião - "olho por olho, dente por dente", exterioriza-se óbice. Desse modo, tal pensamento conservador subterfugia ao ciclo catastrófico de agressões e ameaças na contemporaneidade. Percebe-se isso, por exemplo, no aumento de 24% no número de pessoas linchadas e assassinadas em 2017 comparativamente a 2016, como mostra a 2° Comarca do Acre. Destarte, o dizimar desse equívoco torna-se necessário.     Fica claro, portanto, que inação da esfera política é o principal difusor do aludido impasse. À vista disso, para acelerar os processos, é mister o Poder Executivo aprovar a contratação de um maior número de defensores a julgar os casos.    Outrossim, seria importante o Ministério da Educação instituir aulas às escolas sobre a contextualização da lei de Newton - causa e efeito, salientando as consequências de ações impensadas, bem como orientá-los a base dos Direitos Humanos. Assim, iniciaríamos o combate ao revés que cresce precipuamente na atual modernidade.