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Enviada em: 24/10/2017

O ato de fazer justiça com as próprias mãos vem desde a antiguidade, onde os acusados por praticar bruxaria eram brutalmente mortos mesmo sem provas concretas da prática. Atualmente a imagem do justiceiro é diretamente vinculada ao de um super-herói e não assassino, porém, será mesmo que o justiceiro é mais honrado que o criminoso morto por ele?  É indiscutível o fato de que a violência vem aumentando no país, segundo o sociólogo José Souza Martins o Brasil tem pelo menos um caso de linchamento por dia. E nos últimos 60 anos estima-se que um milhão de pessoas tenha participado de algum caso de violência coletiva no país. Logo, as mesmas pessoas que querem acabar com a violência, se utilizam dela para coagir os acusados ou criminosos, fazendo com que ela cresça cada vez mais. E isso acontece porque a justiça é lenta e muitas vezes falha, porém é preciso levar em consideração que o sistema judiciário se utiliza da razão para a investigação, analisando fatos e dados genéticos para punir a pessoa certa. Já na punição urbana o ser humano se torna selvagem, sendo guiado pelo ódio e pela sede de vingança camuflada de justiça. Dessa forma o homem se torna o maior inimigo do próprio homem, seguindo o raciocínio do filósofo inglês Thomas Hobbes.  Portanto, fazer justiça com as próprias mãos não se constitui num ato louvável, mas sim num crime, já que apenas o Estado tem o poder de prender, julgar e condenar, respeitando o acusado. No entanto, medidas podem ser tomadas para melhorar a atual situação do Brasil: em primeiro lugar, o governo juntamente com o Conselho Nacional de Justiça, deve aprimorar o sistema judiciário, fazendo com que não haja falhas e que os julgamentos não demorem tanto, isso irá também acalmar população. O governo também deve fornecer mais apoio a polícia militar, para que eles possam proteger a sociedade devidamente. Por outro lado, o povo também deve se conscientizar pelos seus atos, assim é importante que a mídia apresente propagandas mostrando as consequências da justiça com as próprias mãos. Somente dessa forma teremos um Brasil mais pacífico e justo.