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Enviada em: 09/10/2017

Conforme defende o sociólogo Jean Paul Sartre, a violência seja qual for a maneira como ela se manifeste, será sempre uma derrota. Sendo assim, a prática da justiça com as próprias mãos no Brasil configura um malogro dos sistemas públicos responsáveis por áreas como saúde e educação.       Mormente, é necessário entender que o ideal de justiça realizada pelo próprio indivíduo tem sua origem no primeiro conjunto de leis que se tem registro, o Código de Hamurabi. Sem levar em conta os Direitos Humanos esse princípio tem se propagado perante a sociedade brasileira, graças a depreciação e a incapacidade dos órgãos públicos em controlar a violência. Além do mais, a lentidão em que o sistema judiciário trabalha tem intensificado o descrédito da população com o Estado. O que por consequência, gera um aumento nos números de adeptos à pena de morte e a bandeiras como " Bandido bom é bandido morto".       Ademais, a autotutela dos crimes no país é devido também a ineficiência de ações educacionais que visem o ensino de direitos humanos e a conscientização de alunos. Além disso, cabe ressaltar que linchamentos populares tem um anseio de vingança superior ao de justiça, o que os torna ainda mais violentos e demonstra a dificuldade que a população tem de entender o infrator como ser humano que merece ser julgado conforme a lei do país.       Destarte, torna-se evidente que a justiça com as próprias mãos deve ser combatida. Em razão disso, o Estado através do Ministério Público, em parceria com o Poder Judiciário, deve julgar os casos e deter os agressores, além de contratar maior efetivo para que os casos sejam acelerados. O Ministério da Educação deve tornar obrigatório o ensino dos Direitos Humanos nas cargas horárias dos ensinos, infantil, fundamental e médio. Além disso, a Secretaria de Direitos Humanos, junto a ONG's devem disseminar debates e palestras proferidas por sociólogos em redes sociais a fim de desconstruir a violência instalada no país.