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Enviada em: 10/10/2017

De acordo com o filósofo francês Jean Paul Sarte: "A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota". Seguindo essa linha de pensamento, a justiça com as próprias mãos -sentenciada pelas camadas populares - descrente do poder judiciário, torna-se o meio mais rápido e eficiente de punir o "condenado".     Primeiramente, é importante salientar que a criminalidade é diretamente proporcional às condições econômicas proporcionadas aos cidadãos, ou seja, quanto pior a qualidade de vida da comunidade maior será o crescimento de ações delituosas. Por conseguinte, ninguém nasce transgressor ou com índole criminosa, pois segundo Freud, o homem é fruto do meio que está inserido, neste caso produto de um sistema injusto e excludente.    Sabendo disso, cabe ressaltar a ação de alguns jornalistas "reacionários" - motivados pelo poder da audiência - que aprovam e chancelam comportamentos baseados na "Lei de Talião", ignorando a presença do Estado e o direito de julgamento jurídico ao cidadão. Consequentemente, a ação dos "justiceiros" contemporâneos gera a desumanização das pessoas perante o problema do próximo e é amparada pela aprovação de profissionais com poder de influência nacional.       Dessa maneira, medidas são necessárias para combater a criminalidade e acelerar os processos na justiça, a fim de cessar a barbárie que é o "juri" popular. Por isso, o Ministério da Educação deveria disponibilizar mais escolas - equipadas com computadores e estrutura adequada - pois assim os jovens das periferias teriam as mesmas oportunidades que os de classe privilegiada, para adentrar em uma faculdade, mantendo-se longe do mundo do crime. Já o Ministério da Justiça poderia acelerar os processos através de mutirões com o objetivo de estabelecer medidas concretas para a garantia de direitos fundamentais do cidadão e a sensação de justiça alcançada pelos que foram vítimas das ações marginais, garantindo dessa forma a segurança pública.