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Enviada em: 11/10/2017

Os linchamentos no Brasil, em ascendente durante a Ditadura Militar, tiveram uma queda durante a década de 90. No entanto, nos últimos anos, voltou a ser comum ouvir nos noticiários inúmeros acontecimentos em que a população, desacreditada nas leis, faz justiça com as próprias mãos. Todavia, é certo que violência não impõe fim em violência.   É incontrovertível, a lentidão nos processos judiciários no Brasil. Esse, associado à descrença na punição da justiça, segundo os agressores, é o principal motivo para tal atitude. Porém, um trecho da música "Que país é esse?" do Legião Urbana, definindo muito bem esse contexto, diz: "ninguém respeita a Constituição mas todos acreditam no futuro da nação." Nitidamente, os famosos justiceiros creem que com o linchamento estarão lutando pelo fim da violência e cumprindo o papel da justiça. Contudo, esquecem-se que a Constituição não aprova a tortura e garante os direitos humanos a todos os brasileiros, inclusive a criminosos.    Indubitavelmente, fazer justiça com as próprias mãos, só aumenta os casos de violência e, muitas vezes, pune com a morte pessoas inocentes. Um dos vários desses casos, ocorreu em 2016, no Paraná, em que o caminhoneiro Juvenal Paulino de Souza, acusado por algumas pessoas  de abusar sexualmente de duas crianças, foi morto - injustamente, pois depois da realização de exames nas crianças, foi comprovado que não houve abuso - após sofrer linchamento. Portanto, fica claro que não é agredindo que diminuirá a violência no país. É preciso pôr fim a essa ideia errônea.   Destarte, como diz Immanuel Kant, "o ser humano é aquilo que a educação faz dele", logo, apenas educando a população, essas praticas chegaram ao fim. O Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com a mídia e subsídio Estatal, deve intensificar propagandas de repudio aos linchamentos,  apresentando os vários casos de injustiça, como o do Paraná. Além disso, o Governo deve tornar essas agressões, crimes inafiançáveis, pois essas em 66% dos casos causam a morte do agredido. E assim, acabará com essa nova forma de violência crescente no Brasil.