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Enviada em: 12/10/2017

Após presenciar o assassinato de seus pais em um assalto urbano, Batman, que até então era um homem comum, decidiu se tornar um justiceiro para combater o crime. De volta à realidade brasileira, a sociedade está repleta de "Batmans", que, revoltados com o caos e a crescente violência nos centros urbanos, praticam a justiça com as próprias mãos como resposta a essa situação não solucionada pelos governantes. Assim, convém analisar essa adversidade no contexto do Brasil.   Em primeiro plano, é importante ressaltar que o grande fator que impulsiona a ocorrência dos casos de justiça com as próprias mãos é a própria violência que a população vivencia cotidianamente nas cidades. Diante da abstenção dos governos federais e estaduais em adotar medidas significativas que promovam uma diminuição dos índices de roubos, sequestros e assassinatos, por exemplo, os cidadãos são dominados pelo anseio de justiça e se veem obrigados a agirem dessa forma ao terem que conviver com diversas barbáries diariamente.    No entanto, ao adotar papeis de justiceiros e ao cometerem agressões físicas e até  homicídios de criminosos, a sociedade se submete aos grandes riscos de atentar contra a vida dos inocentes. Isso pode ser exemplificado nos diversos acontecimentos no Brasil em que os justiceiros confundem os criminosos com outras pessoas e acabam matando inocentes. Assim, essa situação representa o lado falho da justiça com as próprias mãos, já que inocentes também correm o risco de serem vítimas.    É evidente, portanto, a necessidade de medidas que solucionem o impasse. Cabe às Secretarias de Segurança Pública de cada estado promoverem operações que integrem as polícias Militar, Civil e Federal a fim de realizarem apreensões de bandidos, bem como cabe ao Sistema Judiciário brasileiro rever o Código Penal e implementar punições mais rigorosas aos crimes cometidos. Cabe à própria população, por sua vez, repensar os atos de linchamentos e discutir o assunto nas redes sociais com o objetivo de que inocentes paguem pelos erros de terceiros.