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Enviada em: 12/10/2017

É notável que, com a ascenção da violência no Brasil, muitas pessoas usam de meios disponíveis para que a justiça seja aplicada no indivíduo que desviou da sociedade. Sendo assim, a insuficiência do Estado não só promove o uso da violência popular que usa as próprias mãos para punir a anomia social, mas também colabora para que a situação continue inercial.       Nesse contexto, conforme a concepção de Thomas Hobbes, o homem é o lobo do homem, seguindo essa linha de pensamento, os seres humanos seriam primitivos no seu estado natural e que o Estado deveria assegurar o convívio entre eles. Destarte, quando a justiça se encontra passível no território, os seres ali presente irão usar da força para que a anomia social seja corrigida, ato que remete-se aos primórdios da humanidade no qual "olho no olho e dente no dente" era o principal ato punível. Diante disso, o ódio tangente com a vontade de justiça são os principais agentes na violência praticada pela sociedade, ação que, na prática, pouco se diferencia do agressor.       Além disso, a insuficiência governamental é a principal causa da mazela já que, além da carência de segurança, a educação também se encontra deficitária tanto para formar novos cidadãos que possa usar do seu senso crítico e modificar o ambiente de forma racional, quanto para o combate da anomia social. Dessarte, conforme a concepção de Kant, o homem não é nada aquilo que a educação faz dele, ao enxergar por esse ângulo, é nítido que a justiça popular só é feita não somente pela a ausência de segurança, mas também pela a carência educacional.                    Portanto, faz-se necessário que o Estado, por meio da Secretária Nacional de Segurança Pública, a fim de manter o bem estar social e o equilíbrio entre os indivíduos, invista na segurança para que a justiça com as próprias mãos seja subtraída. Do mesmo modo, é importante a ação conjunta e cooperativa entre instituições que possa interferir na formação dos valores da população, como ambiente escolar e núcleo familiar a fim de instruir a população para que tenha senso crítico e de que a violência não seria o melhor meio para resolver a questão. Isso pode ser viabilizado a partir de palestras e debates frequentes dentro do ambiente familiar.