Materiais:
Enviada em: 17/10/2017

É de conhecimento geral, que no brasil, um país onde a violência alcança patamares assustadores, a manifestação da justiça com as próprias mãos tem se tornado um problema cada vez mais frequente. Tal fato se dá em virtude da descrença no poder judiciário, visto que este não está mais atingindo os seus objetivos, de forma que a morosidade em consonância com as falhas na segurança pública, contribuem para que "justiceiros'' reajam de formas ilegais e façam o papel da polícia e da justiça, cassando e punindo os que cometem delitos.     No que se refere à morosidade do poder judiciário, é possível afirmar que o número exorbitante de processos em conformidade com a pequena quantidade de juízes delongam a resolução dos casos, trazendo como consequência a manifestação de "justiceiros" que, revoltados com o atual cenário da justiça brasileira, praticam linchamentos como forma de vingança. De acordo com um levantamento feito pelo Datafolha, pelo menos 173 pessoas foram linchadas no país esse ano. Grande parte eram inocentes que foram confundidas com o verdadeiro criminoso.    Convém salientar ainda que diante de tanta impunidade e brechas da lei as quais beneficiam os criminosos, colocando a segurança pública em risco, é normal que a sociedade se revolte  e aja de diversas formas, com o intuito de se proteger. Entretanto a justiça com as próprias mãos pode ser considerada como um retrocesso da sociedade que a executa, porque abandona séculos de progresso e comporta-se como uma sociedade primitiva e além disso essa pratica configura-se como ilegal, uma vez que compete apenas às autoridades tomar medidas punitivas.    Diante dos argumentos supracitados, faz- se necessário  que a sociedade reivindique uma melhoria na segurança pública e no poder judiciário. Que o Governo em conformidade com a mídia, por meio de propagandas, conscientizem a população de que cabe apenas aos órgãos responsáveis o poder de punir os criminosos. Afinal é inadmissível quem pleno século XXI a sociedade considere tal barbárie como sendo normal.