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Enviada em: 16/10/2017

Jean Paul Sartre, importante filósofo, citou que “toda forma de violência, seja ela qual for a maneira que se manifesta, é sempre uma derrota”. Entanto, a constante sensação de impunidade tem levado muitos cidadãos a se voltarem contra o estado de natureza – a guerra – proposto por Thomas Hobbes, fazendo justiça com as próprias mãos. Dessa forma, fazem-se necessárias medidas imediatas para reverter esse quadro e fazer do Brasil um país socialmente melhor e menos violento.        Em uma primeira abordagem, é válido destacar a morosidade do Sistema Judiciário Brasileiro, ou seja, a lentidão em julgar crimes. Isso é comprovado pelo fato de que todos os dias vemos nos noticiários o grande número de crimes, que, em grande parte, não são corrigidos pelos atuais preceitos constitucionais. Some-se isso, às gritantes falhas na segurança pública, que também, por não conseguir atender à demanda social, permite a instalação de caos social e, assim, os cidadãos, como forma de garantir seu bem-estar, acabam agindo de acordo com sua própria justiça, abrindo, então, as portas para a manutenção dessa chaga social.        Aprofundando a análise, devem ser consideradas as causas históricas e legislativas. É sabido que vivemos um “Contrato Social” e, por assim ser, é dever do Estado garantir a manutenção da justiça. Fato que, infelizmente não vem sendo observado, pois só em 2017, de acordo com o Jornal britânico The Guardian, no Brasil, ocorreram 137 mortes por linchamento. Assim, retomando o pensamento de Sartre, é evidente a derrota, pois o papel da justiça acaba sendo realizado por justiceiros que consideram a lei um mecanismo ineficiente. Além do mais, há o agravo da condição de constrangimento e decepção social, reforçando a insegurança dos cidadãos que se sentem inseguros e sem ter a quem recorrer.       Em suma, diante dos argumentos supracitados, é dever do Estado garantir a segurança social, criando campanhas engajadas que desmotivem a justiça com as próprias mãos, ainda, revisar o Código Penal Brasileiro a fim de acabar com as falhas na segurança pública, aplicando a lei de forma severa aos agressores. Ademais, deve-se investir em policiamento, bem como, capacitação desses profissionais como garantia da ordem social. Com a efetivação das ações propostas, a violência se fará presente apenas em futuros livros de História e o Brasil será um país comprometido com sua população.