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Enviada em: 17/10/2017

A prática da justiça com as próprias mãos tem-se tornado uma situação corriqueira ao cotidiano do brasileiro, sendo evidenciado pela mídia durante o ano um crescente número de casos de agressões e linchamento. Nesse âmbito, pode-se analisar que essa situação persiste devido à falta de segurança e a morosidade por parte do Judiciário.        Em primeiro plano, com o aumento exponencial da violência no país e a escassez de investimentos na segurança pública acomete à população um estado de medo e insegurança. Diante disso, o povo atua de maneira a repudiar crimes cometidos em seus bairros, pois convivem diariamente com essa situação caótica, desse modo a prática do linchamento é um dos atos feitos em resposta a esse fator. Entretanto, mesmo que haja falhas na segurança que precisam ser corrigidas, tomar decisões sem ser por vias legais, não é a solução para o problema, e sim, a execução de outro crime.        Além disso, outro fator que contribui para esse revés é a demora nos julgamentos dos criminosos. Outrossim, é a atual situação do sistema judiciário que contribuí para que haja um descrédito por certa parcela do público. Em razão disso, a solução encontrada por muitos foi a criação de um juri popular, o qual assume o papel da polícia e da justiça, com o objetivo de penalizar os indivíduos que cometem infrações. Consequentemente, é o espancamento até a morte, como o acontecido no final de fevereiro de 2016, o caminhoneiro Juvenal Paulino de Souza, acusado por populares que não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.       Portanto, torna-se evidente que é indispensável a adoção de medidas capazes de intervir nessa problemática social. Logo, cabe ao Governo Federal investir recursos provenientes de impostos para que o Ministério da Justiça e Segurança Pública realizem concursos públicos para as áreas do Judiciário e no policiamento, a fim de acelerar os processos e julgamentos e, também, dispor de mais efetivo em prol da segurança e no combate à violência. Ademais, a mídia em parceria com ONGs podem, por meio de campanhas publicitárias, propagandas, debates, e ações sociais fomentar o senso crítico para que não haja a prática desse tema, com o intuito de instigar a sociedade a cobrança de medidas cabíveis das autoridades.