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Enviada em: 19/10/2017

A violência no Brasil tem alcançado patamares assustadores. Destarte, o medo proveniente das falhas na segurança pública, levam grande parte da população a agir de forma violenta, com o intuito de se proteger. De acordo com João Paulo II, a violência destrói o que ela pretende defender: a dignidade da vida, e a liberdade do ser humano. Nesse sentido, pode-se dizer que atitudes precipitadas, como a  justiça com as próprias mãos, não são a solução para os problemas que precisam ser combatidos de forma civilizada, por vias legais.     Em primeiro plano, faz-se necessário a reflexão sobre a segurança pública no país. No mundo cinematográfico, Bruce Wayne é um justiceiro que, após ver seus pais morrerem em um assalto, e ver os assaltantes saírem impunes, decide fazer justiça por conta própria. Fora das telas, a realidade não é diferente, visto que, muitas vezes, a ausência de segurança colabora com a sensação de impunidade, fazendo com que uma certa parcela da população se sinta nas mãos de criminosos. Em razão disso, a solução encontrada por eles, foi de caçar e punir os que praticam crimes. Entretanto, a prática em questão é considerada ilegal. Fica claro, portanto, que cabe apenas às autoridades aplicar medidas punitivas.     De outra parte, atitudes precipitadas colocam em risco a vida de pessoas inocentes. Em 2014, um professor de história foi espancado na rua por ser confundido com um assaltante, segundo ele, algumas pessoas desceram do carro para espancá-lo e, logo após isso, surgiu uma multidão de revoltosos, que não deram chance para ele se defender das acusações. Situações como essa acontecem quase diariamente no Brasil, e só comprovam que fazer justiça por conta própria é totalmente inviável e não contribui em nada para a sociedade.     Fica evidente, portanto, que assumir o papel que cabe às autoridades é totalmente inviável. Nesse sentido, é imprescindível que o Governo Federal juntamente com os governadores, criem um plano de segurança nacional para o aumento do policiamento nas cidades, com 2 ou 3 viaturas em cada bairro, em horários de muito movimento, possibilitando uma maior segurança da população. Cabe ainda aos cidadãos buscar a veracidade de informações compartilhadas nas ruas, possibilitando, assim, o fim dos linchamentos. Só assim, a sociedade estará livre de insegurança, barbáries e injustiças.