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Enviada em: 26/10/2017

Na obra "A República" de Platão, o conceito de justiça para o filósofo Sócrates é enunciado como dar a alguém aquilo que lhe é devido. No Brasil atual, o Estado tem o dever de julgar e punir as ações dos cidadãos. Contudo, casos em que a população decide exercer essa função ocorrem frequentemente. Tal quadro suscita debates sobre o papel dos Sistemas Judiciário e Prisional e acerca da violência da sociedade.   Em primeira análise, o crescente volume de crimes leva o questionamento da eficiência dos mecanismos estatais. Segundo Thomas Hobbes, a organização do sistema político surge para mediar os interesses dos homens e impedir conflitos. Assim, a presença da Constituição Federal de 1988, do poder judiciário e de penitenciárias deveria garantir a segurança. Porém, falhas como punições brandas e ausência de ressocialização do preso geram reincidência e a impunidade. Logo, é imprescindível a readequação dessas estruturas.    Ademais, o medo suscitado pelos altos índices de violência urbana gera reações agressivas. Nesse sentido, casos de linchamento mostram-se comuns. Exemplo disso foi a morte de um caminhoneiro suspeito de pedofilia ,em 2016, no Maranhão, após um ataque coletivo. Uma vez que a lei é considerada ineficaz, os indivíduos buscam a vingança através de agressões, sem dar ao acusado o direito à defesa. Esses casos ferem a cara de Direitos Humanos estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU). Observa-se que o temor dá origem ao ódio.    Portanto, coibir a prática de violência como forma de reparação mostra-se vital. Cabe ao Governo Federal, através do Poder Legislativo, reformar as legislações vigentes por meios de projetos de lei a fim de reconquistar a confiança da sociedade. Para impedir a reincidência, delitos leves podem ser punidos com trabalho social. Além disso, deve haver investimentos em segurança, na infraestrutura das prisões e em medidas socioeducativas para que ocorra a ressocialização. Dessa maneira, a mudança começará pela paz.