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Enviada em: 23/10/2017

Entende-se que a justiça com as próprias mãos  ocorre quando o indivíduo, normalmente agindo de acordo com suas emoções, toma a justiça para si, saciando seu desejo por ela. Logo, por trás dessa  prática encontra-se um fator criador. No Brasil ele se configura na falta do cumprimento da justiça por parte de quem deveria realizá-la.       Em consequência dessa falha do Estado, o homem recorre às suas próprias mãos e à principal forma de punição da história humana, a violência atrelada à força bruta. Desse modo, a decisão de agir por conta própria do cidadão representa o retorno a um estado primitivo do ser humano e à quebra do contrato com o Estado.       Entretanto, por outro lado o que leva o homem a tomar a espada do direito em suas próprias mãos é justamente a sede pela verdadeira manifestação da justiça, que as instituições falharam em alcançar. Além disso, a demora do judiciário no cumprimento da lei e da justiça incentiva um crime considerado necessário pelo cidadão, pois o sentimento de impotência gera no suposto injustiçado a irracionalidade em seus atos.       Ainda convém lembrar que o verdadeiro mal não está na realização da justiça com as próprias mãos, mas sim no que essa justiça significa. Sendo que na maioria das vezes ela se confunde com vingança e violência. De acordo com João Paulo II "A violência destrói o que  o que ela pretende defender: a dignidade da vida, a liberdade do ser humano". Assim, pessoas consideradas cidadãos inofensivos se tornam prováveis criminosos.       Em virtude dos fatos mencionados conclui-se que Estado e cidadão devem trabalhar juntos para o fim de tais problemas. Logo, é necessário que o Estado desafogue o judiciário com o aumento de funcionários como solução paliativa e então dinamize o setor com o processo judicial eletrônico. Por outro lado, a conscientização dos jovens brasileiros do valor de um bem tutelado, como a vida. Isso deve ser feito por meio do ensino e firmamento em matérias abstratas como sociologia e filosofia. Apenas assim uma sociedade mais humanitária e justa se fará presente.