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Enviada em: 25/10/2017

Casos trágicos como o de Joana D'arc, acusada de feitiçaria e queimada viva na fogueira, infelizmente não compõem somente a história medieval. Ainda no contexto atual, casos de justiças que violam os direitos humanos, como popularmente chamada "justiça feita com as próprias mãos", são relatadas constantemente nas mídias.    Embora seja um pensamento rudimentar, muitas pessoas acreditam que combater a violência, ou quaisquer intolerâncias sociais, usando o ódio, é a melhor forma de aplicar a justiça. Entretanto, a violação dos direitos de terceiros, implica no regresso da sociedade que visa o direito igual para todos.    Apesar da legislação brasileira contar com inúmeras leis que punem devidamente os criminosos, sabe-se que nem sempre, elas são aplicadas de forma eficaz. A falta de um Estado forte e rígido perante os conflitos da sociedade, permitem que ondas de ódio popular se manifestem e se sintam na posição de resolver o impasse com leis pessoais.    Portanto, diante do exposto, é necessário que medidas sejam tomadas para garantir que os casos de justiceiros ilegais diminuam. Para isso, é imprescindível que o poder judiciário fiscalize de forma efetiva, o cumprimento integral das leis. E também, estabelecer, respeitando os direitos humanos, punições mais rígidas, a fim de diminuir a insatisfação pública e, consequentemente, os motivos que levam á prática da justiça por conta própria. Além disso cabe a sociedade, a reivindicar seus direitos por uma segurança pública mais capaz.  Aumentar o número de agentes locais, seria um investimento necessário do governo para garantir a melhoria da segurança nas cidades. Em suma, vale ressaltar que, assim como diria o médico e filósofo Friedrich Schiller: "a violência é sempre terrível, mesmo quando a causa é justa."