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Enviada em: 01/11/2017

Não é novidade que o Brasil é um dos países mais violentos da atualidade. Países pacíficos, ao contrário das terras tupiniquins, onde as pessoas tenham segurança policial rigorosa, geralmente, são formados por cidadãos que são, também, pacificadores e que mesmo que se sintam indignados com a crueldade de alguns atos, sabem que, no fim do contexto, a justiça é feita por alguém que represente a eles. No âmbito nacional os cidadãos e a própria polícia sentem-se desprotegidos, pois, é grande o número de pessoas marginalizadas e, também, pela lei que não é eficaz na correção das mesmas. Por isso, cidadãos comuns estão criando uma tendência de tratar o elemento marginalizado como “um monstro que deve ser sofrer” e isso só piora as coisas, pois, agressão não corrigirá ninguém.     Para que se evidencie o problema se faz necessário lembrar que o Brasil é a nação onde mais se mata polícias e isso causa medo nos que residem nela. O país registra todos os anos um número, aproximado, de 500 mortes policias, vítimas de assassinatos. Quando se compara o âmbito nacional ao dos Estados Unidos, país dominado por gangues perigosíssimas e mais populoso que as terras tupiniquins, esse número cai, drasticamente, para 70 casos dos mesmos. Ao mesmo tempo, cresce, no Brasil, o número de justiceiros, que são pessoas que "fazem justiça com as próprias mãos". Todas as sociedades civilizadas do mundo precisam de um sistema legislativo, universal e ausente de subjetividade, que sirva a todos, portanto, não faz sentido aplicar punições pessoais a terceiros.      Faz-se importante ressaltar ainda que o número de pessoas marginalizadas no Brasil é alto por uma questão histórica e, assim, de formação sociocultural. Logo, tratar seres humanos, cujo ambiente os tornou infratores da lei, como monstros piora ainda mais a visão deles para com a sociedade e intrica a chance de recuperá-los. Deve-se sempre lembrar que, dois cientistas da Universidade de Manitoba, Canadá, fizeram um estudo com 36 mil pessoas durante 20 anos, a fim de detectar onde a agressão dos pais poderia ter tido um efeito positivo na educação dos filhos e a conclusão foi: somente efeitos negativos.     Dado o exposto, a fim de melhorar a situação, o poder legislativo precisa tornar mais rigorosa à lei que punem os elementos marginalizados, mas punir sempre deve ser no sentido de recuperá-los. Os policiais fazem a lei na prática e, por isso, devem ser respeitados, logo, as penas devem ser maiores ainda nos crimes contra esses agentes, seja ele qual for. Há que se orientar também a população desde os jovens nas escolas até os adultos por meio de palestras sociais. Essas reuniões seriam feitas através de verbas governamentais e os palestrantes seriam sociólogos ou professores que passariam de forma precisa a teoria por trás da tão famosa frase: "com violência não se resolve nada".