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Enviada em: 31/10/2017

No ano de 2017, um garoto de catorze anos, após sofrer bullying, resolveu a situação matando dois colegas e ferindo quatro. Esse é apenas um dos exemplos da danosa prática de justiça com as próprias mãos na sociedade brasileira. Nesse sentido, percebe-se que o impasse é motivado por questões políticas e educacionais.    Antes de tudo, é possível inferir que a ineficácia do Estado é uma das causas do problema. De fato, a polícia brasileira não consegue reter a criminalidade na sua totalidade. Isso porque os políticos têm o costume de resolver prioritariamente as questões de curto prazo, visto que, dessa maneira, recebem o retorno eleitoral. Por conseguinte, a população revoltada comete tortura, como o caso de um criminoso que foi espancado com um capacete, mostrado no "Profissão Repórter".    Ademais, a educação falha colabora para que o povo tente tomar o papel do Estado. Sem dúvidas, a escola exerce um grande papel na formação  moral. Entretanto, as instituições de ensino ao prezarem pelo conteudismo em detrimento das matérias que tratam do relacionamento humano contribuem para a prática da justiça coma as próprias mãos. Consequentemente, até casos de homicídios já foram relatados, uma vez que, como afirma Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele.    Fica claro, portanto, que a justiça com as próprias mãos é causada por fatores governamentais e morais. Para reverter esse cenário, é preciso que ONGs pressionem os políticos para investirem mais em segurança por meio de campanhas na internet. Aliado a isso, é necessário que as escolas conscientizem sobre a importância de respeitar as funções de cada setor do Estado, mediante o aumento da carga horária de matérias humanas como sociologia e filosofia, a fim de criar cidadão conscientes. Assim, casos como o do menino que resolveu bullying com tiros seriam evitados.