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Enviada em: 02/11/2017

Banalização da justiça  "A base da sociedade é a justiça", foi o que mencionou Aristóteles. Análogo à esse pensamento cabe definir o que é justiça – respeito à igualdade de todos os cidadãos, segundo a constituição brasileira. Portanto, a violência urbana e as suas formas de combate é um abuso por parte da sociedade que, motivado pelo vingança, escolhe fundamentar suas manifestações de ódio na descrença de ações justas das autoridades do país.  A priori, a prática de assassinatos por multidões era comum na antiguidade, com relatos de apedrejamentos de pecadores, queima de bruxas, entre outros. Porém, a onda de castigo popular, rebeldia, ou insatisfação do estado, ainda ganha espaço, agora em noticiários e mídias sociais. Assim, a indignação do povo têm se manifestado através da famosa "justiça com as próprias mãos", ao se sentirem desprotegidos e impunes, com propósito de saciar à vingança. Logo, a justiça não se faz presente e torna-se imprópria.  A posteriori, a falência das instituições que deveriam intervir e regular os conflitos sociais, fomentam o justiçamento dos cidadãos, à exemplo, a prática de linchamentos. Dessa forma, as pessoas agem por meio da agressividade, por achar que assim estarão promovendo a segurança de sua comunidade, e na verdade estão provocando uma problemática social. Desta maneira, tais resquícios de ações primitivas, deixa claro o desrespeito as leis constitucionais vigentes e o retrocesso civilizatório.   Assim sendo, há uma total e completa diferença entre a punibilidade do estado e do povo. Enquanto os indivíduos expressão ações de caráter justiceiras, o estado visa os diversos princípios, como, a isonomia – direito igual, perante a lei, sem distinção de pessoas. À vista disso, faz se necessário que medidas sejam tomadas para atenuação dessa problemática, como, a criação de leis por parte do governo federal, que impeça os noticiários midiáticos de maneira sensacionalista, que pode gerar um ambiente cultural que legitime os linchamentos. Assim como, proporcionar maior policiamento a fim de que a população sintam-se mais segura, como também promover educação à sociedade, com relação ao que é justiça, tornando o cidadão mais seguro e consciente de suas próprias ações e as do governo, extinguindo pouco a pouco essa questão.