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Enviada em: 01/11/2017

No mundo dos quadrinhos, uma criança após presenciar seus pais sendo assaltados e mortos acaba se tornando um dos maiores justiceiros da cidade de Gothan, punindo e prendendo bandidos. Saindo da ficção, essa é uma realidade hodierna, no qual pessoas por meio da sua própria lei lincham e fazem vítimas. Nesse sentido, não obstante por meio de fatores da esfera judicial, ética e social, a problemática da justiça com as próprias mãos se faz presente no país, sendo um ato anacrônico de caráter nocivo e inercial a ser combatido.        A priori, é importante que ressaltar que na Constituição Federal de 1988 existem mais de 200 artigos e 97 dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias, com objetivos de julgar e punir crimes do país. No entanto, a premissa supracitada é não raro desrespeitada pela população que muitas vezes faz uso da própria justiça para resolver suas particularidades, fator este que agrava a violência no Brasil. Como exemplo, foi noticiado no site G1 que em Guarujá, São Paulo, após um boato na internet uma mulher foi acusada de sequestrar crianças para usar em rituais de magia negra, como consequência dezenas de moradores a agrediram até a morte.        Outro fato importante a ser citado que influencia diretamente para a persistência da problemática, reside na demora para resolução dos casos judiciais, então a população desacreditada na punição do crime encontra sua própria forma de agilizar o caso, fazendo o uso dos “justiceiros”, pessoas contratadas para caçar, punir, e por muitas vezes, até matar. Essa prática totalmente ilegal é configurada como crime, e punível com pena correspondente ao tipo de violência.        Em síntese dos fatos expostos e de maneira análoga a lei da inércia proposta por Newton, será necessária a aplicação de forma para mudar a situação contemporânea. Destarte, urge ao Estado na figura de Poder Legislativo fiscalize e invista na prevenção de medidas tomadas pela sociedade sem consentimento judicial, como forma de diminuir os crimes. Ademais, é importante que o sistema judiciário seja mais ágil na decisão de punições, prevenindo assim a justiça feita pelas próprias mãos dos cidadãos. Dessa forma uma sociedade saudável poderá ser construída no país.