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Enviada em: 05/02/2018

O uso de violência como forma de justiça é um mecanismo cada vez mais recorrente na sociedade, que, ao contrário do seu intuito, agrava ainda mais os problemas sociais. De acordo com Jean Paul Sartre "a violência, seja qual for a maneira que ela se manifesta, é sempre uma derrota". Por isso, torna-se necessário o combate à essas praticas.  Em primeiro plano, é preciso refletir que a apropriação do uso da força para realizar justiça é decorrente de um sistema judiciário e executivo omisso, que não realiza seu papel no julgamento de infrações e na aplicação da lei. Em razão disso, surgem indivíduos na sociedade, com sua própria definição de justiça, de maneira violenta, assumindo deturpadamente o papel dos poderes executivo e judiciário, sendo uma prática ilegal que necessita de punição.  Além disso, conforme diz Aristóteles "a base da sociedade é a justiça", porém, na maioria dos casos, a justiça realizada com as próprias mãos confunde-se com vingança. Enquanto as leis punem e julgam os atos dos indivíduos, os "justiceiros" condenam e reprimem os indivíduo, não admitindo a possibilidade de reabilitação.  Com isso, o número de pessoas que são assassinadas em nome de uma justiça inexistente é crescente. Sendo as ideias de violência como forma de repressão cada vez mais difundidas, fazendo a sociedade retroceder.  Portanto, torna-se evidente a necessidade de medidas em diversos âmbitos. É importante que a população fiscalize e reivindique dos governantes melhorias na segurança pública e no sistema judiciário. Além disso, as redes de comunicação exercem papel fundamental na conscientização da população acerca dos riscos das práticas violentas de justiça. Aceitar essa problemática como normal é legitimar a existência de leis próprias de cada indivíduo, que justificam atos inadmissíveis.