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Enviada em: 05/02/2018

Thomas Hobbes, teórico absolutista, já afirmava que o homem é o próprio lobo do homem , expondo, desse modo, a necessidade do Estado em promover a ordem na sociedade.Todavia, o descumprimento às leis evidencia falhas nessa instituição, que, por sua vez, corrobora o sentimento de fazer justiça. Logo, é possível inferir o aumento da violência e da injustiça como a prática de se fazr justiça com as próprias mãos.            O professor Boaventura de Souza Santos defende na obra ,"Para uma revolução democrática da justiça", que sem direitos de cidadania efetivos é impossível a construção da democracia. Nesse contexto, com o fito de promover um equilíbrio na sociedade, a Constituição Federal de 1988 assegura que é dever do Estado, da família e da sociedade garantir à criança, ao adolescente e ao jovem o direito à vida, à saúde, à educação , à profissionalização, porém, esse direito constitucional não está sendo efetivado devido à ausência de políticas públicas que possibilite aos jovens carentes e que são expostos a criminalidade, uma educação adequada  e integral, que ,por sua vez , contribui para o envolvimento destes ao mundo do crime.Assim, o aumento da criminalidade ocasiona o sentimento de fazer justiça, como o caso de um jovem no Flamengo, Rio de Janeiro, o qual foi espancado e preso a um poste pelos autodenominados "justiceiros", a pretexto de vingança. Diante disso, a intolerância e a sensação de vulnerabilidade desperta no indivíduo a vontade de cometer justiça com as próprias mãos.              Outrossim, é válido destacar que a confiança na ação do Sistema de Segurança Pública é diminuída. Nesse ínterim, a despreparação dos órgãos policiais ocasiona conflitos sociais. Em decorrência disso, o sentimento de vingança ocasiona atitudes precipitadas coo é o caso de Fabiane Maria de Jesus, que foi espancada após ser confundida coo uma suposta sequestradora de crianças. Por essa razão, torna-se visível que o justiçamento gera a lentidão da mentalidade social.