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Enviada em: 08/02/2018

No século XVIII a.C, na Babilônia, foi criado o código de Hamurabi, que tinha como base a lei do Talião, ''olho por olho, dente por dente'', possuindo medidas punitivas cruéis e desumanas para quem cometesse algum crime. Na contemporaneidade, práticas violentas como o linchamento são vistas por muitos brasileiros como forma legítima de fazer justiça. Tais atitudes devem ser impedidas, pois comprometem direitos constitucionais e podem gerar um ambiente cultural propício a aceitação da violência.   Embora, a constituição de 1988 garanta direitos fundamentais e sociais, como à segurança e à vida, isso não está acontecendo, haja vista que muitos brasileiros estão fazendo ''justiça'' com as próprias mãos. Como exemplo, pode-se citar o caminhoneiro, espancado até a morte pela população, em fevereiro de 2016, no Paraná. Segundo o filósofo Jean Paul Sart, a violência é sempre uma derrota, seja qual for a forma que ela se manifeste, nessa situação é uma derrota ao cumprimento de direitos.   Além disso, vale analisar que, a prática de fazer justiça não legalizada vem ocorrendo devido a descrença das pessoas nos órgãos judiciários e executivos, por acreditarem que o Estado não seja capaz de punir criminosos. Nesse viés, os cidadãos considerados de bem praticam o mal em nome da segurança social. Segundo o sociólogo José de Souza, nos últimos 60 anos, estima que 1 milhão de pessoas tenham participado de algum caso de violência coletiva no país, onde a maioria das vítimas foram salvas pela polícia, gerando um ambiente cultural que tolere a violência se ela se apresentar como forma de punir um crime.    Em suma, é necessário uma mudança de mentalidade sobre fazer justiça com as próprias mãos. A fim de que isso aconteça é preciso elucidar casos de linchamentos, melhorar Instituições da Justiça, além de educar as  pessoas contra a violência. Para que isso aconteça o Poder Executivo deve investigar e punir ''justiceiros'' com medidas socioeducativas.O Estado deve investir no Judiciário para agilizar processos e na Educação com aulas de cidadania, para que as pessoas não aceitem nenhum tipo de agressão.