Materiais:
Enviada em: 07/02/2018

Sob a ótica do filósofo John Locke, O Estado surge para proteger os direitos dos cidadãos. Porém, na contemporaneidade brasileira pode-se observar ausência do Estado sobre a segurança, e com isso a prática da justiça com as próprias mãos aflora.    Poderia se dizer que a vontade de fazer justiça com as próprias mãos foi herdada pela lei de talião, do código de Hamurabi, onde se vigava o delito pela mesma forma que foi realizado. Em um país como o Brasil, no qual as leis são, simplesmente, punitiva e não educativa, quando um Estado passa a ser ausente essas formas passam a ser mais presentes.     As pessoas se dizem assustadas com a violência no Brasil, mas querem reagir com mais violência. Isso relaciona ao fato da falta de medo sobre a punição, já que diariamente são bombardeados com informações de roubos e agreções onde o responsável não foi punido. Enquanto de um lado se tem um assaltante, que por suas razões cometeu esse ato, por lado se ver um cidadão violando o direito de vida do infrator.    Mesmo que não haja justificativa para um roubo, ou ato do gênero, não há mais ainda resposta para a retirada de uma vida. Em nação, que se diz democrática e civilizada, é inaceitável se deparar com atos como esses. Onde alguém comete uma infração e o outro se acha no direito de retirar o seu bem maior, a vida.    Logo, é preciso que o Estado e a mídia acabe com esse problema. Para o primeiro, deve agir, se impor e passar a vigorar as leis, assim mostrando a sociedade que as leis estão para ser cumpridas e de forma banal, sem que seja necessário o Estado estar sempre punido. Para o segundo, explicar para o público que o ato da justiça com as mãos não lhe faz melhor de quem cometeu um ato errado. Criar debates na televisão, para mostrar ao cidadão que se todos passarem a respeitar o outro, por mais difícil que seja o erro dele, fará um bem maior.