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Enviada em: 05/02/2018

Ao longo do processo de formação do Estado brasileiro,a prática da justiça com as próprias mãos permaneceu forte.Essas ondas de ódio ocorreram intensamente com a ausência do Estado no Nordeste durante a República Velha.Com isso,tal problemática persiste ligada à sociedade,seja pela morosidade do judiciário,seja pela ação intolerante da população.    É indubitável que a lenta aplicação das leis estejam entre as causas desse problema.De acordo com Aristóteles, a política deve ser aplicada, por meio da justiça, visando o equilíbrio social.De maneira afim é perceptível que a leniência nos julgamentos e na execução de penas  rompe essa harmonia,visto que,o número de linchamentos,por exemplo, vem aumentando demasiadamente.Desse modo,é evidente a importância de uma celeridade nos serviços prestados pelo poder jurídico como forma de combate a esse impasse.    Além disso,a intolerância social contribui de forma direta para essa prática de justiçamento.No mito de Narciso, ele relata que admira tudo aquilo que suscita sua admiração.Seguindo essa linha de raciocínio,observa-se  que a população ao fazer justiça com as próprias mãos demonstram sua incomplacência perante alguns fatos.Um exemplo bastante repercutido foi caso da dona de casa no Rio de Janeiro,em 2014,apontada sequestradora de crianças e que foi linchada por seus vizinhos.Assim,a não aceitação desses indivíduos,funciona como forte base dessa forma de agressão intensificando o problema no Brasil.    Portanto,ressalta-se que as formas de combate a essa catarse coletiva são pautadas nas principais causas.Diante disso,cabe ao Poder Judicial agilizar o andamento de processos,aumentando o número de pessoas especializadas na área,além de diminuir o excesso de trâmites visando a mitigação dessa realidade.Ademais,é papel do Estado também aplicar campanhas de abrangência nacional junto às emissoras abertas de televisão a fim de formar uma opinião crítica dentro da legalidade do país.Dessa maneira o equilíbrio aristotélico será alcançado.