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Enviada em: 11/02/2018

A prática da justiça com as próprias mãos não é uma invenção do século XXI, desde as origens das civilizações mesopotâmicas, ela já existe. A lei do talião, base para construção de sistemas penais como, o código de Hamurabi dos Babilônicos, é exemplo disso. Apesar de tantas mudanças para os dias atuais, no Brasil, a justiça apresenta pontos ineficientes, evidenciando que tais práticas tão primitivas, não só estão presente na sociedade, mas também, parece naturaliza-se. Se, por um lado a ausência do estado remete a população a sensação de desamparo pela justiça; por outro, a naturalidade com qual essas praticas vem sendo adotada pelos cidadãos evidencia a necessidade  de reparos na constituição federal do país.    ''A justiça é a vingança do homem em sociedade, como a vingança é a justiça do homem em estado selvagem.'' O pensamento do filosofo Epicuro hodierna remete a ideia de justiça como instrumento social que legitima conjunto de normas estabelecidas por um governo como exemplo de civilização.  No entanto, quando esses mecanismos mostram falhas na execução como, a diferenciação de punição em  indivíduos que cometeram o mesmo crime como, o caso do filho de desembargadora que foi preso em flagrante com grande quantidade de drogas ter sido solto mediante presença da mãe na delegacia, comparado ao caso do jovem de periferia que foi preso com uma quantidade de drogas muito inferior teve pedido de responder o processo em liberdade negado, causa, não só indignação, mas também a sensação de desamparo, experimentado por classes menos favorecidas, principalmente.     Enquanto que, fazer justiça com as próprias mãos evidencia a natureza primitiva que, apesar da evolução como espécie que vive em sociedade, ainda parece persistir. Convém lembrar ainda que, a adoção dessa forma de fazer justiça não deve ser justificada pela ineficiência do sistema jurídico. Visto que, os crescentes números de casos de acertos de conta como, a série de linchamentos em vias publicas de pessoas pegas praticando crimes, vingança de familiares, cobranças de dividas que resultam em mortes, incita a banalização da vida. Além de ferir o principio dos direitos humanos e dignidade atrelada ao individuo resultando em mais desigualdade e injustiça. Fazer justiça com as próprias mãos não é, portanto, o atalho para reivindicar os direitos como ser humano. Para James Baldwin, o confronto nem sempre traz uma solução para o problema, mas, enquanto não enfrentar o problema não haverá solução. Nesse sentido, a sociedade deve pressionar os governantes a fim de promoverem mudanças que reparem tais falhas no código penal através da reforma constitucional, além disso, campanhas que abranjam toda esfera social com objetivo de sensibilizar a população, acentuando que juntos, podemos fazer um Brasil melhor para todos.