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Enviada em: 08/02/2018

Criado em 1780 a.C, o Código de Hamurabi, também conhecido como Lei de Talião, pregava o princípio de proporcionalidade da punição, ou seja, os “justiceiros” teriam a premissa para devolver o troco na mesma moeda. Por mais que este código pertença a uma sociedade antiga, ainda sim vemos tais atitudes em uma sociedade contemporânea em que os valores de mercantilização da vida são mais predominantes do que o cumprimento dos deveres sociais.       Do ponto de vista de John Locke, pensador político liberal, se houver quebra de confiança no Estado ou se este não cumprir com as suas obrigações, o povo pode se rebelar. Nessa perspectiva, a prática da justiça com as próprias mãos seria um reflexo do descontentamento e da descrença da população na Justiça e no Estado, funcionando como uma reação à onda de violência. Entretanto, tais práticas violam os direitos fundamentais instituídos aos indivíduos envolvidos, acarretando muitas das vezes danos irreparáveis.     Há de se considerar o linchamento como um questionamento da desordem perante a um Estado ausente e ineficaz, que educa a sociedade de maneira violenta diante de sua abordagem. Sem dúvida, os grupos que mais sofrem com este tipo de prática são os que possuem menor poder aquisitivo e que são historicamente marginalizados pela sociedade.         Assim sendo, faz-se necessário um posicionamento eficaz do Estado e dos órgãos judiciais para combater este tipo de prática, seja pela divulgação na mídia ou trabalhos com ONG´s para a conscientização. Aos órgãos governamentais garantir oportunidades de estudo e de qualificação profissional para os grupos considerados excluídos da sociedade. A Escola trabalhar em salas de aula aspectos da justiça. Espera-se que com essas medidas os índices diminuam e a sociedade seja mais justa e igualitária.