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Enviada em: 12/02/2018

Por volta de 2000 a.C., o rei Hamurabi criou um código de leis baseado na Lei de Talião, comumente conhecido por "Olho por olho, dente por dente". Atualmente ocorre algo bem parecido, a prática da justiça com as próprias mãos, e aqui no Brasil é bem comum nos jornais aparecerem notícias que tratem de tal temática. Há diversas pessoas que concordam com tal ato, pois veem que o poder público já não se faz presente, ou muitas vezes, não é rígido como deveria. No entanto, Friedrich Schiller acreditava que a violência sempre seria ruim, mesmo que necessária.    É inaceitável, porque é uma atitude contraditória, pois em vez de exigir que a segurança seja de qualidade, os cidadãos preferem se igualar àquele que cometeu (ou tentou cometer) o crime: tornando-se também criminosos, muitas vezes com delitos mais graves. Assim, pode-se refletir em cima da dúvida de Renato Russo: "Que país é esse?", onde se cobra justiça da forma mais indevida possível!    Há o caso do adolescente de 17 anos que teve a testa tatuada com a frase "Sou ladrão e vacilão" por suspeita de furto de uma bicicleta. A justificativa dos agressores é que foi uma forma de punição. Mas existem outros casos que só confirmam que, por raiva da sociedade, os criminosos sofrem humilhações desumanas (sendo grande parte, negros).    Outro ponto a ser avaliado é que parte do policiais não são exemplo, pois os mesmos, no lugar de fazerem o seu serviço (manter a segurança às pessoas), usam de seu poder para agredir os delinquentes. Dessa forma, pode-se refletir que parte do ódio vindo das pessoas se deve a esse fato, contudo, não deve ser visto como justificativa. João Paulo II disse: "A violência destroi o que ela pretende defender: a dignidade da vida, a liberdade do ser humano".    Assim, é imprescindível que a polícia militar aja de forma coesa e presente, para que a população sinta mais confiança de que alguém haverá de punir os que precisam de punição, porém, ela deve ser pedagógica (não coercitiva). É também fundamental que todos sejam julgados conforme a lei (criminosos e justiceiros), para que desta forma todos possam colaborar para o bom funcionamento da segurança e fazer sua parte de acordo com sua função na sociedade.