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Enviada em: 05/02/2018

"A sociedade está evoluindo!". Essa é uma afirmação utilizada por grande parte da população mundial, porém, mesmo com todo avanço científico e tecnológico, será mesmo que o ser humano evoluiu? Será mesmo que todas as lutas por espaço na política, por participação na formação do Estado e contra ditadores, monarcas, absolutista e tiranos valeram a pena? Essas são algumas das perguntas que devem ser feitas a uma sociedade que está cada vez mais abraçada na ideia de que a solução para os problemas de segurança, é a justiça com as próprias mãos.     O filósofo inglês, Thomas Hobbes retrata em seus escritos que o homem em seu Estado de Natureza é capaz de tudo e que o Estado de Natureza é um período anterior a formação do convívio em sociedade, fato que faz com que seja repetida a pergunta anteriormente feita, "será que a sociedade realmente evoluiu?".    A resposta seria sim, caso fosse analisados meios científicos e informacionais, porém a resposta é não, se forem analisados alguns fatos relacionados a justiça com as próprias mãos, pois capturar um infrator e cometer tortura - como foi o caso do policial que torturou um homem por ter furtado uma galinha na cidade de Marajó-PA - acaba mostrando que a sociedade atual está retornando ao Estado de Natureza, defendido por Hobbes, está entrando em processo de anarquia, já que as leis do Estado estão sendo ignoradas e a lei de Talião parece está retornando.    Mesmo que os órgãos não executem as leis com eficácia, isso não dá direito a ninguém de se atribuir da violência como forma de justiça, pois atacar um infrator, torna o justiceiro um outro infrator.    Mediante o exposto, fica claro a necessidade de uma reeducação social referente a justiça, no qual os órgãos competentes podem ajudar promovendo o debate junto aos cidadãos, além de procurarem formas de punições socioeducativas eficazes, tanto para o infrator, quanto para aquele que se atribuiu da violência como forma de justiça, pois, a maior pena que um criminoso pode receber, é a perda do direito de liberdade.