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Enviada em: 11/02/2018

O século XXI tem sido o palco de inúmeras atrocidades cometidas pela população civil. A prática da justiça com as próprias mãos é algo cada vez mais frequente, resultando em uma barbárie que acaba atentando contra a vida de também cidadãos. Isso demonstra que essa atitude, além de não ser coerente com um país que se diz democrático e civilizado é ainda uma transgressão aos valores sociais adquiridos até então.       Após superar os atentados contra os direitos humanos no período ditatorial, o Brasil finalmente conquistou sua democracia. Contudo, a imagem de igualdade e justiça é jogada pelo ralo quando episódios de linchamento como o ocorrido em 2015 no Maranhão contra um homem suspeito de assaltar um bar acontecem. Atitudes assim, mostra que o país possui indivíduos que ao menor movimento incorreto recorrem a tortura e morte como solução, e ainda se vangloriam de fazer o que as autoridades não fazem, não percebendo a incoerência disso tudo.       Além disso, mesmo após a evolução das leis e criação de órgãos responsáveis para lidar com tais problemas, muitos insistem em avançar o limite. Ao executarem a própria justiça, esquecem-se que a mesma evoluiu a tal ponto que até mesmo um criminoso tem direito de proteção e defesa, e que o seu ativismo justiceiro pode resultar em condenação de até 20 anos de detenção. Assim, no momento em que um infrator morre pelas mãos da população, é perdida a chance do poder judiciário executar seu trabalho.       Desse modo, é necessário que o Ministério da Educação em parceria com comunidades, levem projetos de conscientização até a população por meio de palestras e orientações da postura a se adotar em casos extremos. Além de uma lei elaborada pelo Poder Legislativo, que torne crime a justiça pelas próprias mãos, buscando assim, estabelecer penas e serviços comunitários ao criminoso, a fim de reeduca-lo e sanar essa ferida social.