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Enviada em: 04/02/2018

A necessidade de justiça está presente nas sociedades desde os primórdios da humanidade. Atualmente, essa busca por justiça continua árdua e presente no homem, pois, segundo o filósofo grego Aristóteles, a justiça é o alicerce das sociedades. Contudo, percebe-se que muitos indivíduos confundem o real sentido de justiça com vingança e, por conseguinte, acabam por praticar atos de intolerância e gerando uma contradição ao combaterem violência com violência. O Estado, segundo Max Weber, possui o monopólio da violência, no qual legitima o uso da força, a fim de garantir a coesão social. A lei torna-se, portanto, punitiva e, ao falhar, a população passa a julgá-la como insuficiente e ineficiente. Em uma sociedade onde a violência tem tornado-se cada vez mais naturalizada, os indivíduos, ao perceberem que há uma morosidade na justiça e falhas na segurança pública, tendem a praticar atos de barbárie, como os linchamentos e retaliações, que julgam estar fazendo o certo.  Outrossim, cumpre salientar que a educação tem suma significância e importância no que diz respeito à formação de uma boa conduta. Haja vista que o sistema educacional brasileiro não abrange como deveria o estudo das ciências sociais, a temática justiça é, portanto, não muito abordada. Por conseguinte, indivíduos que não tem uma boa formação acerca de justiça podem cometer justiça com as próprias mãos. Em suma, torna-se evidente, a necessidade de medidas para resolução desse impasse. Para isso, é necessário que a lei deixe de ser punitiva e passe a ser educativa, ensinando e moldando os indivíduos a como se portar na sociedade e não os punindo ao infringir a lei, e que haja uma reforma no modelo educacional, ampliando a carga horária de ciências sociais, para que abordem a temática relacionada a justiça de forma aprofundada, ensinando os indivíduos que cabe somente ao Poder Judiciário julgar e punir os possíveis infratores e, dessa forma, almeja-se que o número dessas práticas de justiças com as próprias mãos diminua.