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Enviada em: 06/02/2018

Durante a década de 1980, Campina Grande, município da Paraíba, enfrentou um período de altas taxas de criminalidade. Nesse contexto, surgiu o grupo de extermínio “Mão Branca”, que tinha o objetivo de substituir o papel do Estado, matando os criminosos da região. Atualmente, justiceiros ainda estão presentes na sociedade, por isso, é necessário que o Brasil reorganize suas forças e que a população entenda que a justiça com as próprias mãos é apenas outra forma de violência.   É inquestionável que o governo brasileiro está se mostrando ineficaz na punição dos crimes ocorridos no país, o que gera um caos no povo que se vê desprotegido. Dessa forma, ele quebra o Contrato Social, proposto pelo filósofo Thomas Hobbes, em que o indivíduo cede sua liberdade ao Estado, e este tem o papel de garantir a segurança para toda a população. No momento em que esse pacto não é cumprido, surgem instituições ou pessoas dispostas a exercer a função que originalmente era do governo.   No entanto, justiceiros, costumam usar extrema violência em suas ações, agindo muitas vezes impulsivamente. Tendo como consequência o que ocorreu com Fabiane Maria de Jesus, em que moradores do Guarujá, município de São Paulo, espancaram-na até a morte, por acreditarem que ela sequestrava crianças e as utilizava para fazer magia negra. Mas era uma acusação falsa criada por um jornal local, e como a população foi influenciada pela emoção não checou os fatos e assassinou uma mulher inocente.   É fato exposto, portanto, o caráter problemático da realização de justiça com as próprias mãos. Desse modo, é necessário que o Ministério da Justiça e o Ministério da Defesa invistam em segurança pública e na reestruturação das Forças amadas, desarticulando delinquentes e punindo os crimes de ódio. Além disso, a mídia deve parar de enaltecer os justiceiros, com o propósito de retaliar suas ações e evitar o surgimento de novos grupos. Assim, será possível construir um Estado capaz de suprir as necessidades da população e restabelecer a confiança social.