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Enviada em: 07/02/2018

Justiçamento em decorrência da ineficácia  É indubitável que episódios envolvendo justiceiros tem se tornado cada vez mais presentes na rotina da sociedade brasileira. A ineficácia das esferas públicas que  deveriam garantir segurança é uma das causas que desperta nos indivíduos o sentimento de autoridade para julgar e punir atos considerados, pelos mesmos, inaceitáveis e condenáveis. Como resultado disso se dá a prática errônea da justiça com as próprias mãos.  O desejo de vingança está presente em todo ser dotado de memória e sensibilidade, dado isso, o autocontrole se torna imprescindível para que esse sentimento não seja manifestado. O problema está no momento de ira em que a razão raramente é capaz de cessar o impulso e as condutas de reação se pautam em um juízo de valor pessoal e não nas leis de conhecimento público.  Paralelo a este cenário é conveniente mencionar a participação do Estado que, através do Poder Judiciário, é encarregado de administrar a justiça na sociedade por intermédio de normas e leis judiciais e constitucionais. Entretanto o mau desempenho desse setor tem gerado grande descontentamento por parte dos cidadãos que na carência de ações punitivas se veem no direito de agir por conta própria.  Destarte é irrefutável a necessidade de atuação do Governo por meio de leis eficazes, de cunho educativo, que tranquilizem a população na certeza de que a devida punição será julgada e aplicada por órgãos capacitados. Além disso, investimentos na contratação de profissionais é essencial para que a grande demanda por esse serviço seja atendida com qualidade e de forma igualitária. Assim, com a centralização do poder em um sistema efetivo, a intervenção de grupos paralelos não será compulsória.