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Enviada em: 02/02/2018

No Brasil, a prática da justiça com as próprias mãos é um fenômeno recorrente em todo o território nacional, porém com maior incidência nas grandes capitais brasileiras onde, as áreas mais carentes perecem com a falta da segurança e, se veem obrigados a reagir diante das mazelas cotidianas provocadas por aqueles que eventualmente tornam-se  vítimas de seus próprios atos.Fator esse que contribui para a banalização da violência. Diante disso, cabe aos Estados a criação e desenvolvimento de métodos para a conscientização da população a respeito da importância dos direitos humanos.      Segundo o filósofo inglês Thomas Hobbs, o homem em seu estado de natureza vive em estado de guerra, por isso a necessidade do Estado, para que estabeleça a ordem em sociedade. Atualmente é comum vermos nos telejornais casos de linchamento, onde a população age impulsionada pelo momento acalorado julgando estar fazendo justiça, pois não confiam mais na ação do Estado em função da demora para solucionar qualquer questão.      Consoante o disposto, a judiciário brasileiro passa por uma crise com altíssima demanda processual e deficiência em seu quadro de efetivos, em especial de defensores públicos, o que se traduz principalmente na morosidade do órgão. Contudo, o conceito de justiça parece não estar claro, visto que quando ela satisfaz apenas uma das partes não é de fato justiça e sim vingança.     Desse modo, é evidente a necessidade de uma intervenção na base educacional dos cidadãos, na escola temas como justiça  e vingança devem ser abordados de maneira mais atenciosa nas áreas das ciências humanas propiciando debates, mediados pelos professores, que adentrem os direitos humanos. Em consonância, os Estados devem promover a contratação de mais defensores públicos, com o fito de acelerar o andamento processual do judiciário.